O ciclismo brasileiro precisa de 15 minutos do seu tempo até dia 05/04/2021 para defender os direitos dos ciclistas paranaenses e de todo o Brasil, nas estradas e rodovias.
Uma ação promovida pela Ciclo Iguaçu, a Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (PR), uma entidade de ciclistas de Curitiba, busca ajudar os pedestres e ciclistas de estrada (Speed, Gravel, MTB, etc) à levarem propostas para uma nova licitação nas rodovias do estado do Paraná, que ocorrerá em breve, que juntas, somam mais de 3000 quilómetros de estrada para pedalar, correr e caminhar.
O prazo é curto, por isso devemos agir rápido!
Entenda como apoiar a campanha de cicloativismo 15por30, realizada pelo Ciclo Iguaçu, ganhar visibilidade na ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), seja você pedestre, ciclista ou motorista.
Em 15 minutos, você pode ajudar a mudar o rumo do ciclismo brasileiro, faça a sua parte.
Situação das estradas e rodovias do Paraná
Atualmente, faz aproximadamente 60 (sessenta) anos que iniciativas para segurança do ciclismo de estrada não vigora em contrato de concessão das rodovias, os pedágios no Paraná são um dos mais caros do Brasil e é o 2° estado que mais mata ciclistas em rodovias, segundo Jorge Brand ou Goura Nataraj, deputado estadual pelo PDV/PR e Patrícia Valverde, coordenadora na Ciclo Iguaçu.
Se você corre ou pedala em rodovias federais, ou mesmo conhece pessoas que praticam atividades esportivas na beira de estradas estaduais e municipais, já deve estar ciente sobre os perigosos e fatalidades, de estar entre a vida e a morte.
Isso é devido a falta de infraestrutura e segurança que o poder público e as empresas que ganham concessões rodoviárias, que resistem em dar suporte e resolver esses problemas tão críticos, levando até a proibição de circulação de ciclistas em rodovias em alguns trechos da malha rodoviária.
Para isso, criou-se essa campanha de cicloativismo, pela segurança, a mobilidade urbana, o cicloturismo e o esporte.
Assim, foram identificados mais de 30 pontos de inserção de críticas ao atual contrato antiquado, visando pleitear a inclusão de pedestres e ciclistas como grupo vulneráveis, levantamento de dados e pesquisas, sinalização e a infraestrutura adequadas.
Eu mesmo, Adilson Junior, já quase fui atropelado com e sem intenção diversas vezes nas ciclovias e ciclofaixas da capital paulista, por motoristas de veículos motorizados de pequeno e grande porte. As lembranças desses momentos são assustadoras e revoltantes, não desejo a ninguém.
Se isso acontece dentro da cidade, imagine a realidade na beira da estrada.
Como ajudar os ciclistas e pedestres nas rodovias paranaenses
Primeiramente, essa causa não é só dos cidadãos e ciclistas do estado do Paraná, e sim, de todos os brasileiros, todos aqueles que apoiam e incentivam o esporte e a mobilidade urbana.
Então leitor(a), independente da cidade ou estado que você reside atualmente, contribua e compartilhe essa grande causa para o povo, a campanha 15por30.
Como disse a Renata Falzoni, do canal Bike é Legal, “o processo é chato, bem sacal mesmo, feito para o cidadão desistir”. E realmente é, ela não está errada.
Vamos ao objetivo… Abaixo, como contribuir para essa ação:
Certamente, você já passou por TANTAS coisas que não é uma SIMPLES burocracia que vai te impedir de fazer algo mega importante por todos nós e o ciclismo de estrada, não é mesmo?
Por aqui, fizemos a nossa parte, nosso código é AP12021-2827. Também contamos com você!
O que a legislação fala sobre bicicletas nas vias públicas
No CTB (Código de Trânsito Brasileiro), dispõe das normas gerais de conduta de bicicletas, triciclos e handbikes, sendo que, os ciclistas têm direitos, mas também deveres. E claro, direitos e deveres do Governo e dos motoristas com os ciclistas.
A seguir, algumas das normas de trânsito:
Normas da CTB para os governos
Compete as entidades de trânsito garantir a segurança do ciclista
Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
(…)
II – planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e segurança de ciclistas.
(No Art. 24 vigora o mesmo sobre os órgãos e entidades executivos de trânsito dos municípios)
Normas da CTB para os motoristas
Ameaçar o ciclista com o carro é infração gravíssima
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública, ou os demais veículos: Infração – gravíssima; Penalidade – multa e suspensão do direito de dirigir; Medida administrativa – retenção do veículo e recolhimento do documento de habilitação.
Deixar de guardar distância de 1,5m é multa
Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, as condições climáticas do local da circulação e do veículo.
Invadir calçadas e ciclovias é gravíssimo
Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos.
Normas da CTB para os ciclistas
Pedestres têm prioridade sobre ciclistas, e ciclistas sobre outros veículos
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
(…)
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.
Ciclista desmontado é pedestre
Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios:
(…)
§ 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres.
Equipamentos obrigatórios para bike
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
VI – para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo.
E para ler as leis de trânsito brasileiras na íntegra, ou fragmentos dela, faça uma pesquisa por palavras-chave no site do CTB digital. Em breve, vamos falar com mais profundidade sobre legislação e ciclismo, aqui no Pedal em Fúria.
Você também pode conferir o guia de bolso do ciclista de 2018, desenvolvido pelo governo estadual do Paraná, em parceria com o DETRAN PR e a TA (Transporte Ativo).
O cicloativismo no Brasil
Para muitos política é chato, mas para todos, é essencial.
O cicloativismo é sobre mobilidade e ambientalismo, usando a bicicleta como meio de transporte. É sobre participar, politicamente ativo(a), das iniciativas, debates, campanhas, manifestações e todas as formas de reivindicar os direitos e a segurança dos ciclistas nas vias públicas.
Segundo a Mobilize, portal sobre mobilidade urbana sustentável, no Brasil, somente 1% da malha viária das capitais possui ciclovias ou ciclofaixas. Abaixo, as cidades com maior malha cicloviária proporcional à malha viária em sua totalidade:
Rio de Janeiro – 3,17%
Curitiba – 2,7%
Florianópolis – 2,2%
Campo Grande – 1,99%
Fortaleza – 1,81%
Brasília – 1,52%
Belo Horizonte – 1,17%
Cuiabá – 0,81%
Porto Alegre – 0,44%
São Paulo – 0,39%
Salvador – 0,38%
Esse texto foi inspirado no vídeo do canal do Bike é Legal, publicado no dia 25/03/21, que traz mais informações e detalhes sobre a campanha 15por30, como os comentários de alguns dos idealizadores desse movimento, Goura Nataraj (PDT/PR) e Patrícia Valverde (Ciclo Iguaçu).
Para mais informações, detalhes e conteúdos sobre a campanha, acesse o site oficial da Ciclo Iguaçu, no post rodovias seguras já ou só daqui a 30 anos.
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